Chapadão do Sul

FIM do Mundo Paralelo? Intérprete de Libras integra cerimoniais oficiais em Chapadão do Sul. Pessoas com Deficiência são incluídos

A presença de um tradutor de Libras em atos públicos da prefeitura de Chapadão do Sul já faz parte do cerimonial.  Este profissional veio para ficar e o número de tradutores deve aumentar gradativamente devido a demanda cada vez maior. Também trata-se da aplicação da Lei Municipal nº 45, de 25 de novembro de 2021,  criada pela vereadora Professora Almira e sancionada pelo prefeito João Carlos Krug. Tira do isolamento de pessoas com deficiência auditiva (surdos) que viviam num “mundo paralelo” e alijados  de participação em atos públicos. Estas pessoas precisam de ajuda também em instituições privadas como bancos, Forum e outros locais que necessitam de comunicação segura e eficiente.

Em setembro deste ano a Professora Almira encaminhou uma Moção de Aplausos aos professores de Libras de Chapadão do Sul, em reconhecimento ao excepcional trabalho que realizam na promoção da inclusão social e comunicação eficaz através do ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras). No plenário várias pessoas com deficiência acompanhavam a sessão. Somente um profissional de Libras é capaz de traduzir a eles o conteúdo dos parlamentares no uso da tribuna. Em algum momento o intérprete será definitivo também no parlamento sul-chapadense.

O destaque vai para a professora de Matemática e Ciências Jakeline Gomes de Oliveira, a única que atua oficialmente na profissão de Libras na prefeitura. Natural de Rio Verde (GO), começou a ter contato com pessoas com deficiência (surdos) na igreja, em sua cidade. Eles a visitavam e começaram a ensinar os sinais básicos para ela e a irmã irmã (Aline Gomes de Oliveira). Uma tia (Eliane da Silva Ferreira Oliveira) também aprendeu e foi formada uma família de tradutores. A irmã passou em concurso federal nesta área em Coxim e Jakeline na UFMS (Campus de Chapadão do Sul) como Tradutora Intérprete de Língua de Sinais / Língua Portuguesa.

Jakeline Gomes de Oliveira também é servidora da secretaria de Educação e Cultura onde dava aulas de Matemática e Ciências e presta serviço na Assessoria de Comunicação da Prefeitura, cujo diretor é Fabrício Rodrigues. Cobre eventos, auxiliando na produção de vídeos direcionados aos portadores de deficiência . Segundo ela muitos jovens e crianças necessitam deste trabalho de inclusão social na cidade. Faltam mais profissionais para a expansão dos atendimentos à população em todos os setores públicos  à população.

Em abril deste ano, durante a apresentação de palestra sobre a semana do Autismo em Chapadão do Sul, um grupo de Pessoas Portadoras de Deficiência Auditiva  acompanhava o evento numa espécie de “Mundo Paralelo”. Não entendiam o que era dito no Plenário da Câmara de Vereadores pela falta de um profissional em Libras para a tradução. Muitos nem vão nestes eventos porque se sentem discriminados. Se isolam socialmente em grupos específicos onde podem se comunicar somente com amigos ou parentes que dominam este meio de comunicação cada vez mais importante e inclusivo nos dias atuais.

 

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