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O VALENTÃO CHIRIPA VISITA FIGUEIRÃO.

Em uma manhã de sol, os moradores do pequeno Patrimônio do Córrego do Mato, como era conhecido Figueirão, saíram para ver quem eram os autores de tantos tiros e gritos pelas ruas arenosas do vilarejo. Eram três cavaleiros, apenas um era conhecido, o Eurípedes Farmacêutico, pistoleiro fugitivo da Lei e de alta periculosidade. Os outros dois eram Antônio Geraldo, o Chiripa, valentão famoso e astuto, acostumado trocar tiros com a política e escapar ileso, e seu sobrinho, um jovem de uns 18 anos de idade. Desfilaram elegantemente pela vila, exibindo seus cavalos malabaristas, depois amarraram-os no jatobazeiro e foram tomar cachaça e comer salsicha no bolicho do Tomaz.O cabo Elpides, o único policial do destacamento, chegou na porta do comércio. pensando em intimidá-los e foi recebido com esta pergunta abusada: “É o peru, tá gordo cabo? Hoje nós vamos almoçar o danado”. O cabo se escondeu no quartel e só após três dias colocou o nariz nas ruas. Os valentões fizeram o que bem quiseram. Almoçaram no Ernestinho e depois deram- lhe uma surra, retalharam o jatobazeiro, as mangabeiras, o pé de boca- boa na bala e o Chiripa deixou um litro de pinga de presente ao Moyses Galvão. Ao cair da tarde rumaram em direção à Corrutela do Jauru.Era assim, no tempo de Figueirão criança.
Professor Admar.
Historiador figueirãoense.

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