Produtores de Costa Rica denunciam impacto da mosca da cana no gado e cobram ações urgentes
Produtores rurais de Costa Rica, no Mato Grosso do Sul, enfrentam há anos os danos causados pela proliferação da mosca-dos-estábulos, associada às atividades agrícolas. Segundo pecuaristas locais, os insetos estão atacando o gado e provocando mortes, causando prejuízos significativos aos criadores da região.
Durante um leilão na cidade nesta semana, o problema foi amplamente discutido, com críticas dirigidas à atuação da usina de produção sucroalcooleira da região. Representantes dos produtores destacaram que, embora iniciativas de diálogo tenham sido realizadas, medidas eficazes para a eliminação do problema ainda não foram implementadas.
A mosca-dos-estábulos tem seu ciclo de reprodução facilitado por resíduos orgânicos e vinhaça, comuns na produção de etanol. Embora este problema não seja exclusivo de Costa Rica, a situação se agravou localmente, e os criadores relatam prejuízos financeiros e impactos no bem-estar dos animais.
A situação já foi tema de reuniões com autoridades como o Ministério Público Ambiental e a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO), mas os produtores afirmam que os avanços ainda são insuficientes. Outros exemplos, como o da Usina IACO, que conseguiu controlar o problema com investimentos, foram citados como referência para soluções possíveis.
Nota da UCR Unidade Costa Rica
Em nota enviada à redação, a unidade Costa Rica da UCR informou que possui um protocolo rígido para controle da mosca-dos-estábulos. A empresa destacou uma redução significativa da população do inseto, com diminuição de 94% em setembro de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior, e detalhou ações como instalação de armadilhas e aplicação de inseticidas, além de disponibilizar recursos para pecuaristas locais.
Neste período de chuvas, as ações foram intensificadas e incluem: mais instalações de armadilhas, escoamento de empoçamentos locais em três turnos (manhã, tarde e noite), uso de retroescavadeira em propriedades próprias e de parceiros, aplicação de inseticida por terra e ar, entre outras iniciativas.
Além disso, a unidade está em contato com demais órgãos de pesquisa e autoridades locais, para garantir um manejo sustentável e reforçar o controle do inseto em suas áreas de atuação e entorno, incluindo seus parceiros e fornecedores para identificar e acompanhar a efetividade das medidas adotadas por eles no combate às moscas-dos estábulos, sobretudo, no período de chuvas.
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