A disputa pela Prefeitura de Campo Grande na eleição do dia 6 de outubro sofreu uma verdadeira reviravolta após duas reuniões realizadas na tarde de quinta-feira (27) em Brasília (DF). Esses encontros contaram com a participação das principais lideranças do PSDB de Mato Grosso do Sul, do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
Durante o encontro, segundo o jornal Correio do Estado, PSDB e PL acertaram o apoio de Bolsonaro ao pré-candidato tucano à sucessão da prefeitura de Campo Grande, Adriane Lopes (PP).
Pelo acordo, Bolsonaro deve indicar o candidato a vice-prefeito na chapa majoritária a ser encabeçada por Beto Pereira.
Há dias, cogitava-se o apoio do ex-presidente a candidatura de Adriane Lopes, em pré-campanha à reeleição, mas o cenário pode ser outro durante a campanha eleitoral deste ano com esse revés, se confirmado, já que até as convenções partidárias, quando os partidos terão de homologar suas candidaturas, podem ocorrer eventuais mudanças.
Além de Adriane Lopes e Beto Pereira, a corrida rumo ao Paço Municipal deve contar com a participação da deputada federal Camila Jara (PT) e da ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), que recentemente deixou o comando da Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro Oeste).
Potencial pré-candidato, o ex-governador e ex-prefeito da Capital, André Puccinelli (MDB), não postulará mais o cargo, devendo oficializar seu apoio a candidatura do PSDB.
As reuniões também fortaleceram alianças dentro do próprio PSDB, criando uma frente unida que busca consolidar um plano de governo robusto para a cidade.
Esse movimento estratégico visa não apenas garantir uma vitória nas urnas, mas também estabelecer uma base sólida de apoio para os desafios futuros na administração municipal.
Com a possível entrada de Bolsonaro na campanha de Beto Pereira, a disputa eleitoral ganha novos contornos, aumentando a competitividade e redefinindo as alianças políticas na capital sul-mato-grossense.
“O ex-governador Reinaldo Azambuja e o governador Eduardo Riedel primeiro se reuniram com o Bolsonaro e depois comigo, porque, por decisão da Justiça, nós dois não podemos nos encontrar. A aliança PL e PSDB está fechada. Foram duas reuniões muito boas e juntos vamos montar um time forte para as eleições municipais deste ano em Mato Grosso do Sul”, revelou.
Valdemar Costa Neto completou que Bolsonaro entendeu que seria melhor caminhar com o PSDB ao invés do PP da senadora Tereza Cristina, com quem já estaria negociando.
“O Bolsonaro achou que esse é o melhor caminho e, depois das eleições municipais, vamos conversar para formar um único partido da direita no Estado, com as participações do Reinaldo e do Riedel”, adiantou.
MDB
Também na tarde desta quinta-feira, o MDB e o Solidariedade confirmaram apoio à pré-candidatura de Beto Pereira. A decisão ocorreu durante plenária em que 33 pré-candidatos a vereador votaram a favor da aliança com os tucanos e, nos núcleos e diretórios do partido, 11 votos foram para que o partido se alie ao PSDB.
Além disso, um voto foi para a aliança com o PP, da prefeita Adriane Lopes, e um voto para aliança com o União Brasil, de Rose Modesto. Ambas também são pré-candidatas às eleições de outubro.
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