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Com 48 votos, Estevão Petrallás é eleito presidente da FFMS

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Estevão Petrallás vai comandar a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) pelos próximos três anos. O ex-presidente do Operário foi eleito nesta terça-feira (8) com 48 votos — e de quebra vai embolsar um polpudo salário de R$ 215 mil por mês, pago diretamente pela CBF, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

Um ganho anual de R$ 2,5 milhões para o chefe do futebol de um dos Estados com o pior desempenho no ranking nacional de federações.

A eleição aconteceu em um luxuoso hotel de Campo Grande, a portas fechadas, e contou com representantes de clubes e ligas esportivas.

Dos 51 votantes aptos, Petrallás conquistou ampla vantagem sobre o principal adversário, André Baird, ex-presidente do Costa Rica, que ficou com 39 votos. Outros quatro candidatos também participaram do pleito: Cláudio Barbosa (Comercial), Marcos Araújo (Dourados), Paulo Telles (ex-Cene) e Toni Vieira (ex-Operário).

Cada voto teve peso diferente: clubes da Série A valiam 3 pontos, os da Série B, 2, e os demais, 1. No fim, a base de apoio decisiva veio dos representantes do futebol amador, que cravaram 18 votos a favor de Petrallás, contra apenas 5 destinados a Baird.

A vitória sela oficialmente o fim da era Francisco Cesário de Oliveira, que reinou por 28 anos à frente da FFMS até ser derrubado pela Operação Cartão Vermelho do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que apontou desvios milionários de recursos da entidade.

O curioso é que, mesmo com a federação amargando a penúltima colocação no ranking da CBF — entre as 27 do país —, Petrallás vai desfrutar de um salário digno de dirigente de primeiro mundo. Para se ter uma ideia do contraste, o valor anual que ele vai receber supera em mais do que o dobro o apoio dado pelo Governo do Estado ao campeonato estadual da Série A em 2024, que foi de R$ 1,2 milhão.

O salto nos salários dos presidentes de federações estaduais foi revelado na última semana pela revista Piauí: de R$ 50 mil, saltaram para até R$ 215 mil durante a gestão de Ednaldo Rodrigues à frente da CBF, um aumento de 330%.

Após ser confirmado no cargo, Petrallás prometeu “união” e afirmou que viajará à sede da CBF na próxima semana para se apresentar oficialmente como presidente eleito da FFMS. “A construção é feita com tijolos, não com uma parede completa. Acho que agora veio a união”, disse.

Enquanto isso, o futebol sul-mato-grossense segue buscando espaço no cenário nacional — agora sob nova direção e com um dirigente que, no mínimo, não terá problemas financeiros.

Imagem: Divulgação

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