Com completo domínio da política partidária no Estado, o PSDB de Mato Grosso do Sul tem o segundo maior número absoluto de prefeitos no País, ficando atrás apenas de Minas Gerais. O ninho tucano chegou ao seu 50º integrante na última semana, com a filiação de Thalles Tomazelli, chefe do Paço Municipal de Itaquiraí.
Os números em MS ficam mais impressionantes caso sejam analisados proporcionalmente. Minas tem 79 prefeitos do PSDB, porém são 853 prefeituras no total, o que representa menos de 10%, bem distante dos 63% em território sul-mato-grossense.
Levantamento do site Poder 360, com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mostra que o PSDB perdeu espaço nos últimos anos, e como MS seguiu tendência inversa do restante do País.
Historicamente o maior reduto do PSDB, o estado de São Paulo elegeu 180 prefeitos tucanos em 2020. Em menos de três anos, esse número despencou para 41. O domínio passou para o PSD, com 329.
Com a morte do peessedebista Bruno Covas, o comando da capital, maior cidade do País, passou para o MDB, de Ricardo Nunes. Em 2022, o PSDB perdeu a eleição e deixou de governar SP pela primeira vez em quase 28 anos.
Minas Gerais também perdeu prefeitos, foi de 86 eleitos no último pleito municipal, para os atuais 79.
Já Mato Grosso do Sul passou de 37 prefeituras desde 2021, para 50, faltando menos de um ano para as próximas eleições. Além disso, o Estado é comandado por um tucano, o governador Eduardo Riedel. Rio Grande do Sul, com Eduardo Leite, e Pernambuco, com Raquel Lyra, fecham a trinca de governadores do PSDB.
Região predominantemente bolsonarista, MS também ficou fora da tendência dos outros estados do Centro-Oeste. Goiás e Mato Grosso viram a quantidade de prefeitos tucanos diminuir. O primeiro de 20 para 9, e o segundo, de 11 para 5.
O PP, da senadora bolsonarista Tereza Cristina, está longe de ameaçar a hegemonia do PSDB em MS, com seus 18 prefeitos.
Os Progressistas, porém, controlam a máquina dos dois maiores colégios eleitorais do Estado, Campo Grande, com Adriane Lopes e Dourados, Alan Guedes. Ambos disputam a reeleição no ano que vem, e devem confrontar nomes do PSDB nas urnas.
O ninho tucano, por sua vez, busca consolidar ainda mais sua hegemonia com o controle administrativo de Campo Grande, em 2024, e ter um representante no Senado em 2026, quando duas vagas estarão em disputa.
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