À procura de água, bois têm morrido atolados em uma fazenda no Pantanal da Nhecolândia. “Não secava há 50 anos”, lamentou o filho do fazendeiro, o administrador rural Paulenir Barros, de 54 anos, que descreveu a situação como “atípica e preocupante” pela falta da chuva.
Paulenir conta que os bebedouros para os animais são feitos pelos próprios fazendeiros. A área tem grande criação de gado. “Nós mesmos fazemos os bebedouros, uns tanques, para o gado e também animais silvestres”, explica.
Com muita sede, os animais procuram esses locais. Contudo, a seca tem aumentado. “Quando chega na seca, o pasto vai acabando, o gado vai padecendo com fome e sede, porque não tem água de brejo, na baía”, conta. “O gado está magro, fraco, mas como tem muita sede, vai atrás de água e acaba atolando”, completa.
É quando a situação agrava mais ainda. “O gado não come mais, não levanta e se não tiver alguém para tirar, ele morre”, diz o administrador. O pai dele já perdeu 30 cabeças de gado com essa situação.
Situação parecida – Mais de 100 bovinos adultos e bezerros atolaram e morreram à míngua nas margens do Rio Taquari, no trecho entre os municípios de Coxim e Rio Verde de Mato Grosso. No registro enviado por pescadores, feito na manhã do dia 5 de setembro, é possível ver que os sobreviventes estão magros e perdidos em meio aos barrancos de areia.
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