Festival Gastronômico das Monções premia empreendedores e promove turismo e negócios em Camapuã
O Festival Gastronômico das Monções, realizado em Camapuã ao longo de novembro, teve festa de premiação realizada nesse sábado (9), na sede da Associação de Criadores de Camapuã (Acricam). O prato “Real Monçoeiro”, da Conveniência Real, ficou em primeiro lugar no festival; seguido pelo “Pescado das Monções”, do Kukas Café; e em terceiro lugar ficou o “Espeguete Sertanista”, da Quindim. O festival foi realizado pela Associação Comercial e Empresarial de Camapuã (ACECAM), teve apoio do Sebrae/MS, por meio do programa Cidade Empreendedora, e foi promovido em parceria com a Prefeitura Municipal.
A experiência gastronômica engajou oito empresas de Camapuã, que desenvolveram receitas típicas para valorizar a história da Rota das Monções, que ocorreu na região entre os séculos XVIII e XIX e contribuiu para o surgimento do município. O Sebrae/MS viabilizou uma consultoria com o chef Paulo Vasconcelos para que os empresários criarem as receitas que misturaram história e sabor para chamar a atenção do público. Houve votação popular e avaliação de jurados para definir os ganhadores. A premiação foi R$ 2,5 mil para o campeão, R$ 1,5 mil para o segundo lugar e R$ 1 mil para o terceiro colocado.
As receitas que ficaram disponíveis para o público experimentar e votar foram “Real Monçoeiro”, da Conveniência Real; “Pescado das Monções”, do Kukas Café; “Espeguete Sertanista”, Quindim; “Panceta Monçoeiro Fantasma”, do Tô na Esquina; o “Pastel dos Navegantes” do Espetinho Bezerra; o “Pastel à la Monções”, do La Casa do Pastel; a “Batata recheada ouro do Pantanal”, do Palladar Grill; e o “Brasa Rota das Monções”, da Casa do Churrasco.
O analista-técnico do Sebrae/MS, Lucas Borelli acompanhou as empresas participantes e pontuou os resultados positivos que o Festival gerou aos negócios no setor gastronômico da cidade. “Alguns empresários disseram que houve boa procura pelo prato do Festival, outros comentaram que chegou a acabar as receitas que foram feitas por conta da demanda das pessoas. Ainda tiveram participantes que falaram que passaram a ter mais clientes do que antes do evento e a visibilidade dos negócios aumentou, ou seja, a iniciativa teve um impacto importante para o crescimento dessas empresas”, destacou Borelli.
Para o secretário municipal do Agronegócio, Meio Ambiente e Empreendedorismo, Antônio Giovani Diniz da Rocha, o encontro da história com o turismo e a gastronomia reflete em desenvolvimento local. “São momentos de lazer que contribuem na valorização da cultura local e geram fonte de renda aos pequenos e microempresários. Queremos buscar essa identidade do município e ter pratos típicos ajuda muito”, defendeu.
O presidente da ACECAM, Adriano Nogueira França, destacou que este é o segundo festival realizado em Camapuã e o envolvimento dos consumidores e dos empreendedores foi grande, o que criou caminho para novas ações de desenvolvimento local. “As empresas locais se engajaram e a aceitação da população em geral foi grande. A história regional aqui é muito rica e é isso que queremos trazer para os holofotes. E além de estar alinhado às belezas naturais como cachoeiras, montanhas para passeios. Trazer esses temas é uma forma de favorecer o comércio local e a economia do município”, explicou Adriano.
Quem participou do Festival Gastronômico das Monções, reconheceu diferentes resultados positivos. “O Festival só veio a somar, o lanche que criei junto com o chef Paulo disparou as vendas, ultrapassou meu prato que era carro-chefe. Já está definitivo no meu cardápio”, contou Juliana Alves Marques, da Real Conveniência.
“O suporte foi muito bom para me ajudar a criar o prato e ficou muito legal. Foi uma grande oportunidade para fortalecer a identidade da minha empresa”, revelou Cleonete da Silva Nascimento, da Kukas Café. “Movimentou mais o estabelecimento, foi um desafio gratificante”, reconheceu Viviane Estruzani de Matos, Lanchonete Quindim. “Houve uma alavancada no meu prato. Já tinha ele no meu cardápio, mas com a ajuda do chef Paulo Vasconcelos foi aprimorado e a aceitação do público foi incrível, o festival gerou uma curiosidade grande do público”, comentou Maria Rosália de Azevedo, do Paladar Grill.
Sobre a Rota das Monções
Cada empresa participante elaborou um prato inspirado na história da Rota das Monções. Dentre as técnicas escolhidas para representar o trajeto histórico está a charcutaria, muito utilizada à época. Antes de criarem os pratos, os empresários participaram de ações para compreenderem a importância histórica e ainda tiveram suporte do chef Paulo Vasconcelos para desenvolverem as receitas.
Utilizado pelos bandeirantes em busca de ouro entre os séculos XVIII e XIX, o trajeto que ficou conhecido como Rota das Monções passava, principalmente, entre Porto Feliz (SP) e Cuiabá (MT). Por ele, também eram transportados alimentos, armamentos, especiarias, além de cargas em geral. Os monçoeiros percorriam 3,5 mil quilômetros por água, e na metade desse trajeto atravessavam por terra 13 quilômetros no Varadouro de Camapuã para chegar às minas de ouro de Mato Grosso.
O único lugar seguro nessa rota era a Fazenda Camapuã (1723), 1º núcleo de Mato Grosso do Sul e fundamental na consolidação da fronteira oeste do Brasil e na criação da identidade cultural regional.
Camapuã integra o Cidade Empreendedora, uma iniciativa do Sebrae/MS em parceria com a Prefeitura Municipal, que promove diferentes ações para favorecer o desenvolvimento local. Para mais informações sobre o programa entre em contato pelo 0800 570 0800 ou acesse o site cidadeempreendedora.ms.sebrae.com.br.
Fonte: Assessoria