Um verdadeiro ‘mar verde a amarelo’ invadiu a Avenida Paulista, em São Paulo, para apoiar a manifestação pacífica em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alvo de perseguição política do governo comunista do PT, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com aval do ministro do STF (Suprermo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.
Apesar de a manifestação ter sido convocada pelo ex-presidente com a finalidade de se defender diante das ameaças de prisão e da mordaça imposta pelo governo de esquerda, Bolsonaro fez questão de ressaltar a importância de ninguém usar faixas alusivas as medidas extremistas adotadas pela Suprema Corte mesmo após se tornando inelegível.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro realizou uma oração durante o ato a favor de Bolsonaro, afirmando ao final do pronunciamento que “abençoamos Israel em nome de Jesus”.
“Nós abençoamos o Brasil, nós abençoamos Israel em nome de Jesus”, disse Michelle em cima de um trio elétrico.
Ao entrar no trio elétrico, Bolsonaro exibiu a bandeira de Israel. Entre os manifestantes, também era possível identificar bandeiras do país do Oriente Médio. Nos arredores, os artigos eram vendidos junto com itens do Brasil.
Ela também agradeceu ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por “abrir as portas de casa” a ela e ao ex-presidente.
O casal Bolsonaro passou a noite de sábado (24) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, antes de participarem do evento deste domingo na Avenida Paulista, na região central da capital paulista,
Estão em um dos carros de som contratados pelo pastor Silas Malafaia o senador Flavio Bolsonaro e apoiadores do ex-presidente, como Marco Feliciano.
Michelle fez o discurso emocionada, no qual também se dirigiu às mulheres, dizendo “como é difícil para nós estarmos à frente da política. O assassinato de reputação é diário, mas algo muito maior nos move para que continuamos lutando pela nação”.
“Por um bom tempo fomos negligentes, a ponto de falarmos que não mistura política com religião e o mal ocupou. Chegou o momento da libertação”, adicionou.
Bolsonaro negou golpe e alega perseguição política
Em seu discurso, o ex-presidente negou um golpe e disse que não decretou estado de defesa ou sítio.
“A última agora, ou a penúltima: Bolsonaro queria dar o golpe. Isso desde que assumi em 2019, ouvia. O que é golpe? É tanque na rua, é arma, é conspiração, é trazer as classes política e empresarial para o seu lado. Nada disso foi feito no Brasil”, disse Bolsonaro durante seu discurso. “Agora, o golpe é porque teve uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenha santa paciência”.
Bolsonaro disse que o estado de sítio e de defesa tem um ritual, como a convocação do Conselho da República ou de Defesa.
Segundo ele, ninguém foi convocado para “tramar ou botar no papel” uma proposta. Assim, o ex-presidente disse que o “estado de sítio” ou estado de defesa não foi decretado ou oficializado.
Bolsonaro disse ainda que está sendo perseguido desde antes da eleição de 2018 e citou os inquéritos em curso contra ele no Supremo Tribunal Federal. Segundo ele, a “perseguição” aumentou quando ele perdeu as eleições presidenciais e deixou o cargo de chefe do Executivo.
“O povo brasileiro não merece estar vivendo por esse momento, onde tão poucos, pouquíssimos, causam tão mal a todos nós. Nós ainda podemos fazer muito pela nossa pátria”, disse Bolsonaro.
Vestidos de verde e amarelo e com bandeiras do Brasil e de Israel, os apoiadores de Bolsonaro acompanharam o discurso de aproximadamente 20 minutos.
Tarcísio de Freitas
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), relembrou o governo de Jair Bolsonaro, dizendo que não era ninguém e o ex-presidente apostou em pessoas como ele.
Tarcísio foi ministro da Infraestrutura entre 2019 e 2022. Posteriormente, deixou o cargo para concorrer ao Executivo paulista.
“Minha gente, quem eu era? Eu não era ninguém, e o presidente apostou em pessoas como eu. Como tantos outros que surgiram, que tiveram posição de destaque, que ele acreditou”, disse o governador.
“Nunca pegou nada para si, nunca quis crédito, sempre entregou o crédito para quem trabalhava com ele”, prosseguiu.
De acordo com Tarcísio, Bolsonaro “não é mais um CPF, não é mais uma pessoa”, mas, sim, representante de um movimento.
(Com informações do site Congresso em Foco)
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