O Censo Demográfico de 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que Mato Grosso do Sul apresenta o menor percentual de habitantes residindo em favelas e comunidades urbanas no Brasil. Dos 2,76 milhões de habitantes do estado, 16.678 pessoas, equivalentes a 0,6% da população, vivem nessas áreas. Em comparação, a média nacional é de 8,1%, totalizando mais de 16,3 milhões de brasileiros em favelas.
O levantamento identificou 31 favelas distribuídas em oito municípios sul-mato-grossenses. Campo Grande concentra a maior quantidade, com 16 comunidades, seguida por Dourados (5), Corumbá (3), Três Lagoas (2), Aquidauana (2), Sidrolândia (1), Ponta Porã (1) e Novo Horizonte do Sul (1). Em contrapartida, São Paulo lidera o ranking nacional, com 3.123 favelas, representando 25,3% do total.
A população residente nessas comunidades em Mato Grosso do Sul é composta majoritariamente por pessoas que se identificam como pardas. A distribuição por gênero é equilibrada, com 50,8% de mulheres e 49,2% de homens. O IBGE define favelas e comunidades urbanas como territórios populares originados de estratégias autônomas e coletivas para suprir necessidades de moradia e serviços, diante da insuficiência de políticas públicas e investimentos privados.
No cenário nacional, o Censo 2022 registrou 12.348 favelas em 656 municípios, abrigando 16,3 milhões de pessoas. A maioria dessas comunidades (72,5%) possui até 500 domicílios. O IBGE considera como favelas áreas com predominância de domicílios com insegurança jurídica da posse e características como ausência ou oferta precária de serviços públicos, infraestrutura autoproduzida e localização em áreas com restrições ambientais ou urbanísticas.