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Polícia investiga pescadores por lotar canoa já no início da Piracema

Desde às 00h do último dia 05 deste mês está valendo o período conhecido como Piracema, quando a pesca fica proibida nos rios de Mato Grosso do Sul e, por isso, a Polícia Militar Ambiental investiga dois pescadores que gravaram uma enorme quantidade de pescado, às margens do Rio Aquidauana, no início desse tradicional defeso reservado à reprodução.

Vale ressaltar que na Piracema só fica liberada a chamada “pesca de subsistência”, praticada por famílias ribeirinhas que dependem dessa proteína e que, ainda assim, não podem estocar peixes nesse período, retirando dos rios só o que é para consumo.

Já as gravações do suposto crime mostram um cenário bem diferente, com dois homens, ao lado de uma canoa que está abarrotada de pescados já sem vida.

Enquanto um dos suspeitos fica responsável por registrar a cena, o segundo manipula um pescado, removendo as entranhas às margens do Rio Aquidauana ao som de “a novinha senta pampa”.

“Graças a Deus o dia começou assim hoje. Ó o companheiro limpando o último aí ó. Hoje deu ‘bão’!”, comenta o suspeito em gravação, enquanto mostra o fruto de sua pesca e a finalização dos trabalhos.

Ainda, a Polícia Militar Ambiental esclareceu que segue apurando os detalhes para ser feita a autuação dos indivíduos, que já foram identificados, com a PMA agindo agora em conjunto com a Polícia Civil de Aquidauana para determinar as penalidades cabíveis.

Cabe esclarecer que, apesar de o registro ter se tornado viral agora mais recente, a polícia apura se as imagens foram, de fato, feitas já durante o período de defeso.

Vale lembrar que, caso fique configurado crime, as penas podem chegar até três anos de detenção, além de multa de R$ 700 a cem mil reais, dependendo da situação, mais R$ 20 por quilo de pescado, esclareceu a comunicação da PMA.

Piracema

Pelos rios sul-mato-grossenses, a fiscalização ambiental começou antes mesmo do início do período de defeso, desde o segundo dia deste mês, com a Piracema durando até o dia 28 de fevereiro de 2024.

Esse termo deriva do tupi-guarani, com “Piracema” significando  “migração de peixes rio acima”, período no qual até mesmo os estabelecimentos comerciais precisam declarar seus estoques de pescados, através de declarações junto ao Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul.

Para quem é adepto da modalidade “pesque e solte”, há determinadas regras que precisam ser seguidas, como:

  •  Usar anzóis sem farpas (lisos)
  •  Peixes precisam ser devolvidos onde pescados (imediatamente)
  •  Não pegar o peixe pela guelra, por risco de contaminação.

Fonte: Correio do Estado

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