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Suzano vê recuperação da demanda por celulose na China e mantém otimismo para o segundo semestre

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O mercado de celulose continua robusto na Europa e América do Norte, enquanto na China, os consumidores começam a retomar as compras após uma redução nos pedidos desde o final de abril. A informação foi destacada pelo vice-presidente comercial de celulose da Suzano, Leonardo Grimaldi, em declaração na última sexta-feira, 9. De acordo com Grimaldi, os estoques de celulose permanecem abaixo dos níveis normalizados em todas as regiões, refletindo uma “demanda saudável”.

Na semana passada, a Suzano optou por reduzir os preços na China, com o objetivo de estimular o retorno dos compradores ao mercado. A queda foi de aproximadamente US$ 100 por tonelada desde a semana anterior.

“Os clientes chineses devem voltar a comprar, uma vez que os estoques seguem abaixo dos níveis normalizados e, em setembro, começa o período de sazonalidade mais forte”, afirmou Grimaldi durante uma conferência com analistas sobre os resultados do segundo trimestre. Ele também observou que a empresa prevê uma “demanda saudável” em todas as regiões no segundo semestre, apesar de uma fase de preços mais baixos devido ao aumento da oferta com o início das operações do Projeto Cerrado. “A Suzano está preparada para navegar nesse ciclo. Estamos determinados a manter os níveis de estoques atuais e, se preciso, faremos ajustes na produção”, acrescentou.

Aires Galhardo, vice-presidente de operações, engenharia e energia da Suzano, indicou que o custo caixa de produção de celulose deverá registrar um aumento “de um dígito baixo” no terceiro trimestre, impulsionado pela taxa de câmbio, maior consumo de madeira de terceiros com a entrada em operação do Projeto Cerrado e possíveis elevações nos preços de alguns insumos, especialmente a soda cáustica. Galhardo destacou que a nova unidade deverá contribuir positivamente para a redução desses custos a partir do final deste ano, com uma estabilização e tendência de queda esperadas para 2025.

No mercado de papéis, o vice-presidente Fabio Almeida observou que a proximidade das eleições no Brasil já está aquecendo a demanda. A expectativa é de um consumo mais forte de papéis de imprimir e escrever, além de cartões, refletindo também a sazonalidade positiva do segundo semestre.

Quanto à alocação de capital, o presidente da Suzano, Beto Abreu, revelou que a empresa tem interesse em expandir sua presença no mercado de embalagens, tanto de forma orgânica quanto por meio de aquisições: “É um segmento em que gostaria de crescer”, afirmou. Na divisão de papéis de higiene, a empresa pretende continuar fortalecendo o relacionamento com seus clientes, sem avançar na cadeia de valor. A Suzano ingressou nesse mercado há seis anos e recentemente assumiu a liderança.

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